Em sua coluna na Revista Época, o Jornalista Max Gehringer é bem claro quando diz, que a cada vaga que disputarmos, devemos ter um currículo único, e não repetir o mesmo em todas as vagas que disputarmos.
Veja na integra.
Sempre fui vendedor, mas me formei em Direito e estou fazendo pós-graduação.
No momento estou desempregado e não consigo passar em processos seletivos para vendedor porque os recrutadores alegam que eu pediria a conta assim que encontrasse uma vaga na área jurídica.
O que devo fazer? Elimino minha formação do currículo?
Sim, elimine. Um currículo deve ser apropriado para a vaga que você deseja. Então, faça dois currículos: um para a área de vendas (em que sua experiência prática será relevante) e outro para eventuais vagas em áreas administrativas ou jurídicas, aí, sim, com os cursos de graduação e pós.
Trabalho em uma empresa de telemarketing. Temos restrições absurdas – para não dizer constrangedoras – para nos ausentarmos de nosso posto de trabalho. Para ir ao banheiro, precisamos de autorização prévia, e o tempo é controlado pelo encarregado. Como esse é meu primeiro emprego, pergunto: todas as empresas são assim?
Nem de longe.
O controle de necessidades fisiológicas é uma novidade que foi inventada pelas empresas de telemarketing em nome da produtividade. Como cada funcionário tem metas diárias de atendimento, cada minuto é precioso.
Isso é legal?
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Eu achava que não, mas recentemente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) me deixou em dúvida ao julgar dois recursos.
A Sétima Turma do TST negou o pedido de indenização por danos morais de um funcionário que precisava de autorização para ir ao banheiro e tinha o tempo controlado.
Em sua sentença, a juíza observou que a medida visava evitar a saída de muitos funcionários ao mesmo tempo. Já a Sexta Turma do TST julgou improcedente o recurso de uma empresa de telemarketing condenada por motivo semelhante: a funcionária tinha de explicar por que ficava no banheiro além do tempo permitido.
Segundo o relator do processo, essa atitude era um “desrespeito à dignidade humana”, a situação era “degradante e vexatória”, e a empresa foi condenada a pagar R$ 5 mil de indenização.
Então, a matéria ainda não está clara, mas nossa leitora pode ficar tranquila quanto a seus futuros empregos, desde que eles não sejam em empresas de telemarketing.
No mês passado, ocorreu a pesquisa de clima organizacional na empresa em que trabalho. As respostas são confidenciais, mas desta vez o processo foi diferente.
A pesquisa foi organizada por uma agência contratada, que enviou por e-mail uma senha de acesso ao formulário de respostas. Respondi com sinceridade e critiquei o que achava injusto ou errado, depois fiquei preocupado: qual é o grau de probabilidade de a empresa identificar o autor das respostas?
É de 100%.
Espero que a empresa use as respostas para tomar medidas que melhorem o ambiente de trabalho, e não para identificar os funcionários mais ácidos nas críticas.
O que se fará com as respostas vai depender da intenção da empresa.