As pessoas, esteja no Brasil, ou em outro país, têm sua natureza, seu perfil comportamental.
E isso as torna únicas e é possível observá-las realmente como elas são, tanto nos ambientes sociais quanto nos profissionais.
Relacionados:
Super estagiários ganham mais de 2 mil reais. Onde? No Brasil!
Você sabia? Mulheres bonitas têm mais dificuldades para conseguir emprego
Seu chefe está pronto para liderar? Para dirigir o caminhão?
O que leva um bom profissional a se desmotivar com a empresa?
Modelos prontos de currículos para preencher, divididos por categorias e setores
Assim, algumas são vistas como autoritárias, ou como influentes, outras tranquilas, ou então muito perfeccionistas.
E, dessa forma, no mundo profissional as funções são preenchidas com base em perfis comportamentais, que é o que determina o sucesso ou não no trabalho.
Para entendermos melhor essa questão, existem quatro grandes grupos de características comportamentais presentes nas pessoas. Dentro de cada característica, destaco os pontos a serem observados pelos gestores. São eles:
Dominância: pessoas que preferem um estilo de comportamento mais competitivo, autoritário, objetivo, direto e assertivo.
Influência: pessoas com um perfil persuasivo, amistoso, verbal, comunicativo e emocional.
Estabilidade: pessoas que adotam uma postura mais previsível, são boas ouvintes, deliberadas, organizadas, persistente, amigáveis e gentis.
Conformidade: pessoas que na maioria das vezes são detalhistas, lógicas, perfeccionistas e focadas em regras e procedimentos.
Veremos como tais características aparecem no ambiente de trabalho e quais são os pontos de atenção mais comuns:
Pessoas com alta dominância: apresentam grande força de caráter. São independentes, irritadiças, negam afetividade e são focadas em resultados. No trabalho, podem apresentar sinais de impaciência, de confronto e de agressividade. Buscam o domínio, a independência e o poder. Essas pessoas deveriam atentar para terem mais paciência, atenção às pessoas, humildade, consideração, traçar objetivos coletivos para serem menos individualistas. Seu estilo de comunicação pode ser preciso, áspero, direto, tendo melhor comunicação escrita do que oral. Não concluem, são breves e por vezes imprecisas.
Pontos a observar: no trabalho, essas pessoas precisam atentar para o fato de poderem ser vistas como dominadoras. Se estiverem em função de chefia, precisam compreender que nem todos se motivam por desafios. Precisam estar atentas, pois podem ferir os sentimentos de outras pessoas e tal atitude poderá gerar consequências no desempenho dessas pessoas. Se fizerem parte de uma equipe, precisam cuidar do seu individualismo e buscar mais o trabalho com o grupo, evitando comportamentos arrogantes e a competição exacerbada, pois isso pode fazer que lhes “puxem o tapete”.
Pessoas com alta influência: são pessoas que demonstram confiança, entusiasmo, afetividade, que buscam relacionamentos interpessoais e são focadas em popularidade e comunicação. No trabalho, gostam de entusiasmo, elogios, otimismo e tolerância. Não apreciam muito a objetividade e tendem a ser dispersivas. Esses indivíduos precisam atentar para abordagem direta, controle de tempo, controle emocional, dados analíticos, mais foco e prazos realistas. Seu estilo de comunicação usualmente é natural e envolvente. Compartilham com as pessoas e têm dificuldade em guardar segredos, pois falam mais do que executam. Discutem por muito tempo, por vezes sem objetividade.
Pontos a observar: no ambiente de trabalho, devem evitar a exposição excessiva, a verbalização e a exuberância exacerbada de comportamento (a não ser, é claro, que o trabalho requeira isso). Como são pessoas que buscam aprovação e aceitação, precisam buscar a objetividade e muitas vezes aprendem a dizer “não”. Se estiverem em função de chefia, precisam lembrar-se de que a direção, o foco, muitas vezes é tão ou mais importante para o grupo do que apenas a amizade e as relações interpessoais. Se fizerem parte de uma equipe, precisam controlar sua verbalização natural e focar na tarefa, pois correm o risco de não serem levadas a sério.
Pessoas com alta estabilidade: usualmente um indivíduo assim é moderado, consistente, previsível e fácil de lidar. No ambiente profissional, apresenta características de persistência, modéstia, conservadorismo e repetição de ações. Luta para manter o “status quo” e não aprecia mudanças, pois normalmente é relaxado e feliz com as coisas do jeito que são. Não gosta de pressões. Pessoas assim devem buscar mais entusiasmo, flexibilidade, aceitação de outros estilos comportamentais, além de novos métodos de trabalho. Seu estilo de comunicação é muito quieto, calmo, mas não é direto o suficiente. Gentis, não falam mais que o necessário, mas podem ser questionadoras e dar sugestões.
Pontos a observar: no trabalho, são calmas e tranquilas, mas seu ritmo mais lento poderá exasperar pessoas com senso de urgência mais aguçado. Deverá buscar conhecimentos novos e observar o ritmo do grupo, adequando-se a ele, sendo essa uma tarefa difícil. Quando em posição de chefia, delega tarefas e tende ele mesmo a executá-las. Pode ser lento e hesitante até desenvolver confiança e deve evitar a procrastinação.
Pessoas com alta conformidade: uma pessoa assim normalmente evita confronto interpessoal. Sua postura é defensiva e a expressão é contida. No trabalho, busca a exatidão, a adesão a regras e controles, bem como atingir resultados com perfeição. Pode ser crítica e não dar a devida atenção a prazos, em função da qualidade. Às vezes pode se isolar, pois teme as emoções e ações não racionais. Pessoas assim devem atentar para uma maior consciência dos sentimentos, da verbalização, da emoção e do trabalho em equipe. Em termos de comunicação, um indivíduo assim observa à distância para preservar seu conhecimento e sua privacidade e questiona pela lógica. Fala apenas o necessário e não se envolve em conversas mais informais.
Pontos a observar: no trabalho é perfeccionista e detalhista. Precisa ter atenção à real necessidade de perfeccionismo e antes de travar algum processo se perguntar: “Mas é realmente necessário?”. Precisa ter em mente mais a necessidade do grupo e a visão das situações e dos projetos como um todo, para evitar “emperrar”. Quando em função de chefia pode ser relutante em delegar, com receio de romper o sistema já estabelecido e de perder o controle. Isso é algo para refletir.
0.000000
0.000000